domingo, 19 de novembro de 2017

CANÇÃO XVII (em excerto)


Observa o magnífico repouso
que reside no espírito supremo.
Dele desfruta quem por ele
se dá a conhecer.

Amparado pelos cordões do amor
ondula o oceano da alegria,
e um poderoso som 
irrompe em canção.

Observa o lótus que aí floresce 
sem água. Kabir afirma: 
A abelha do meu coração 
bebe desse néctar.


✻✻✻


Quão maravilhoso é o lótus, 
esse que floresce no coração 
da universal roda de fiar.
Apenas algumas almas puras 
conhecem o seu real deleite.

Há música em seu redor,
e aí o coração compartilha
da alegria do mar sem fim.

Kabir afirma: Mergulha 
nesse oceano de ternura,
e assim permite que todos
os erros da vida e da morte
possam desaparecer.





Kabir (1440 - 1518)





(Versões de Pedro Belo Clara a partir da versão inglesa de Rabindranath Tagore - "Songs of Kabir", 1915).










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