É-me muito querido
aquele que consegue chamar
o vagabundo de volta a casa.
Na casa reside a verdadeira união,
o desfrutar da vida. Porque deverei
abandonar a minha casa
e deambular pela floresta?
Se Brahma me auxilia
a compreender a verdade,
é certo que em casa encontrarei
tanto servidão como libertação.
É-me muito querido
aquele que tem o poder de mergulhar
profundamente em Brahma,
cuja mente de si mesma brandamente
se despega em sua contemplação.
É-me querido aquele que conhece Brahma
e pode residir na sua suprema verdade
em meditação; e aquele que pode tocar
a melodia do Eterno através da união,
em vida, do amor e da renúncia.
Kabir diz: A casa é o lugar da permanência;
em casa está a realidade; a casa auxilia
a alcançar Aquele que é real.
Por isso, permanece onde estás
- e todas as coisas, no seu tempo, a ti virão.
Kabir (1440 - 1518)
(Versão de Pedro Belo Clara a partir da versão inglesa de Rabindranath Tagore em "Songs of Kabir", 1915).
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