segunda-feira, 15 de maio de 2017

O convite de Han Shan


Deste o primeiro passo no caminho de Han Shan?

A estrada de Han Shan não tem fim!
O desfiladeiro é longo: rochedos, rochedos
e mais rochedos erguem-se por todo o lado.
A torrente do rio é vasta, e os juncos 
quase ocultam a grande distância da outra margem.
O musgo é escorregadio, mesmo num dia sem chuva.
Os pinheiros cantam: o vento é suficientemente real.

Quem se apronta a num salto se libertar 
dos rastros do mundo e comigo se sentar 
entre alvas nuvens?





Han Shan (circa 700 - 780)







(Versão de Pedro Belo Clara a partir da tradução inglesa elaborada por J.P. Seaton, in "Cold Moutain Poems" - Shambhala Publications, 2013)








(O sorriso de Han Shan, o "Buda da Montanha Fria")



2 comentários:

  1. LINDO! SINTO-ME MOTIVADA A PROSSEGUIR. MONTES JÁ NÃO ME ASSUSTAM. BRASIL 15/05/17

    ResponderEliminar
  2. Pois que assim seja... Serena e livre =)
    Muito obrigado, Lígia.
    Beijos.

    ResponderEliminar