Todas as formas que observas têm a sua origem no invisível mundo divino. Assim, o que importa se a forma desaparecer? A sua origem estava no Eterno.
Não te lamentes por um dia desvanecer cada forma que vês, cada verdade mística que escutas. A Fonte está sempre a deitar água. Nem a Fonte nem a água irão cessar. Para quê o lamento? O teu espírito é uma fonte: dele flui um rio atrás do outro. Coloca todo o teu pesar fora da mente para sempre, e continua a beber de tais águas. Nada temas. A água não tem fim.
Quando chegaste a este mundo de coisas criadas, uma escada foi colocada junto de ti para que o pudesses transcender. (...) Então terás terminado a vivência neste mundo e a tua casa será o mundo-luz do Paraíso. Vai para além disso (...). Mergulha no vasto Oceano, para que a gota - tu próprio - possa tornar-se um Mar.
Rumi (1207 - 1273)
(Versão, em excerto, de Pedro Belo Clara a partir da tradução inglesa de Andrew Harvey in "Teachings of Rumi" - Shambhala Pub., 1999)
Profundo e lindo! nem uma onda do mundo, pode afundar...
ResponderEliminarPois como pode a onde afogar o oceano? Jamais. Rumi foi um homem esclarecido, é notório pelos seus escritos. Um místico de excelência que muito nos legou.
EliminarAgradeço a visita, Lígia.
Beijos.
Que suavidade
ResponderEliminarSuave no ritmo e na intenção, direi... Um abraço, meu amigo. Agradeço a visita.
EliminarConfio .
ResponderEliminarSomos parte do Todo .
Voltaremos à Unidade inicial.
E quando regressarmos veremos que, afinal, de lá nunca havíamos saído. Pois como poderíamos estar fora do que afinal somos? Poderemos esquecê-lo, claro, mas o Ser Eterno não é algo que possa ser renegado ou morto. Como pode morrer quem nunca nasceu?
EliminarAgradeço a visita. Até breve.