Entristecido
por caminhos escarpados e por matagais
apoiado no meu cajado reentro em casa sozinho
o carreiro de água da montanha
é límpido e pouco profundo
aí passo os pés por água
decanto um pouco de vinho novo
mato um frango e convido um vizinho
e de repente o Sol põe-se e a sala fica sombria
só a luz das brasas nos ilumina
mas quando a alegria reina
ah! como lamentamos
que o serão tenha passado tão depressa
agora que a madrugada ameaça amanhecer
é doce o modo como esta alegria nos invade.
(Versão de Manuel Afonso Costa in "Poesia e Prosa - Tao Yuanming", Assírio & Alvim, outubro de 2019.)
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