De madrugada entrei num templo antigo.
O sol nascente incendiava as altas árvores.
Um trilho guiou-me a um lugar isolado,
a um espaço de meditação num bosque florescido,
onde a luz da montanha deleitava os corações dos pássaros
e lagoas como espelhos aquietavam a mente dos homens.
Os dez mil ruídos foram silenciados.
Tudo o que escutava era um sino.
Chang Jian (727) (*)
(Tradução do original por Bill Porter em "Poems of the Masters, China's Classic Anthology of Tang and Sung Dynasty verse". Tradução da versão inglesa por Pedro Belo Clara).
(*) Também designado por Ch'ang Chien nas primeiras traduções de que a sua poesia foi alvo, encontra-se presente na famosa antologia "Three hundred Tang Poems" - chegada ao Ocidente em 1929. Figura do qual pouco se sabe ou conhece, destaca-se pela poesia de teor meditativo e espiritual.
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