Oh, deixa que juntos rumemos
ao país onde reside o Amado,
o carrasco do meu coração!
Aí o Amor enche o seu vasilhame
com água do poço, embora
não possua corda para o fazer;
aí as nuvens não cobrem o céu,
porém a chuva tomba gentilmente.
Oh tu, que corpo não possuis!
Não te sentes na soleira da porta,
dá um passo em frente
e banha-te nessa chuva!
Aí há sempre luar, mas nunca escurece;
e quem fala dum sol apenas?
Essa terra ilumina-se
por mil raios de mil sóis.
Kabir (1440 - 1518)
(Versão de Pedro Belo Clara a partir da versão inglesa de Rabindranath Tagore in "Songs of Kabir", 1915.)
(Nirvana, de Andra Ponomarenco)
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